terça-feira, 22 de março de 2011

18:48 – SP
:globo: 25.0-ARAGUAIA
:record: 7.0-TODO MUNDO ODEIA O CRIS
:sbt:6.0-CINEMA EM CASA
:band: 5.0-BRASIL URGENTE

AMOR E REVOLUÇÃO

O que antes era só mais uma novidade na grade, hoje passa a ser tratado como prioridade. Amor e Revolução veio provar não só a evolução em qualidade da teledramaturgia do SBT, mas também o amadurecimento da emissora no trato de uma estreia importante para a grade como um todo. 
O velho brocardo publicitário diz: “Divulgação é a alma do negócio”. E realmente é mesmo. E essa divulgação tem resultados não só em termos de audiência, mas também traz credibilidade ao canal que está apostando alto num produto dramatúrgico e traz também resultado comercial, mostrando a disposição em oferecer algo de qualidade, no qual qualquer produto de qualidade no mercado gostaria de se vincular.
O SBT, felizmente, toma consciência disso. Vislumbra-se que não mais existe o pensamento daquela emissora, como nos dizeres do ex-diretor de jornalismo Albino Castro, que nasceu no auditório e dele viverá eternamente, fazendo da grade um eterno show. Toda emissora grande, hoje, precisa ter base sólida em teledramaturgia e jornalismo. Ambos agregam público sólidos, trazem credibilidade, e atingem as mais diferentes faixas etárias, dependendo da temática abordada, além de serem, tradicionalmente, produtos que trazem retorno comercial, principalmente quando a audiência acompanha.
O que podemos perceber hoje no SBT é o seguinte: tudo direcionado para Amor e Revolução, dias antes da grande estreia, que acontecerá no próximo dia 5 de abril, após o Programa do Ratinho.
Começaram com teasers de 15 segundos, hoje temos chamadas de 1 minuto, apresentando a trama no geral, outras apresentando os núcleos e esta semana entra a chamada de elenco. Para se criar o hábito do público ver Amor e Revolução após o Ratinho, sistematicamente o apresentador vem colocando um clipe da novela após o seu programa, com duração de cerca de 5 minutos.
A partir de amanhã começa uma verdadeira maratona de divulgação. O SBT faz a coletiva de imprensa da novela no Espaço Antonio Maria, a partir das 10h30min, quando a imprensa só reforçará a mídia que a novela já conquistou desde o início de sua produção.
As ações de crossmedia (divulgação de um programa através de outro) também ganham força. Ontem, Tiago Santiago e parte do elenco da novela estiveram na gravação do Programa Raul Gil para divulgar a trama. Amanhã, em concomitância com a coletiva, Tiago Santiago grava um De Frente com Gabi para ser exibido às vésperas da estreia. Na próxima segunda, dia 28, o SBT Repórter deixará de ser apresentado, para dar lugar um especial de divulgação da novela, com apresentação do veterano ator Reinaldo Gonzaga. Já no dia 30, o Conexão Repórter volta à grade do SBT para abordar a temática-chave da novela: a ditadura militar no Brasil.
Isso para não falar do trailer completo da novela exibido no Programa Silvio Santos do último domingo. Foram 11 minutos ininterruptos no ar, coisa que o próprio Silvio disse nunca ter permitido se fazer em seu programa. Mestre do marketing, elogiou a novela, os diretores, e disse apostar nela para ser uma das maiores audiências do setor na história do SBT e quem sabe bater a Globo.
Outros programas, certamente, principalmente os dominicais, também devem entrar nessa onda de divulgação. Por que todo esse esforço? Porque o sucesso de uma novela contamina o antes (agregando público para a novela começar) e o depois (recebendo público vindo da novela), além de servir de apoio para atrações de outras várias faixas da grade, no tocante aos atores/atrizes que se tornam conhecido e chamarizes de audiência em outras atrações. Além de servir para, como já dito, uma ferramenta de tornar sólido para a emissora, um determinado público que pode continuar em outros programas. É o famoso efeito-cascata.
Novela é um produto caro e precisa se pagar e gerar lucro. Por isso toda essa divulgação reflete a necessidade do SBT emplacar logo uma trama para enfim ver as novelas não como um encargo e sim como uma ferramenta de audiência e faturamento, o que é fundamental para que a emissora leve em consideração investimentos mais consistentes no setor: banco de elenco, 2º horário de novelas, contratação de diretores e novos autores, gravações fora de São Paulo e mais.
Números de audiência? Não sei. Pode traçar, pode bombar, pode obter IBOPE mediano. Mas o que importa é a valorização do produto da casa e a devida divulgação que uma estreia merece. É preciso se pensar urgente no pós-Amor e Revolução, fundamental para haver uma manutenção de público e audiência, mas já se é um ponto positivo a se extrair do que podemos tratar como maturidade dos 30, os 30 anos do SBT.

LUISA MEL ESTRÉIA NA GAZETA




Depois de uma rápida participação na novela “Araguaia”, Luisa Mell assinou nesta terça-feira com a TV Gazeta e voltará a comandar um programa sobre o mercado de animais de estimação. A atração será semanal e, apesar de estar em formatação, vai misturar entrevistas no estúdio com reportagens gravadas em externas. O novo programa de Luisa Mell será exibido aos finais de semana e estreará em abril, mês em que a Gazeta planeja colocar no ar a tecnologia HD. Luisa Mell apresentou durante um bom tempo o Latte Show, programa da Rede TV! sobre os animais de estimação.

NOVO DIRETOR DE JORNALISMO DO SBT...

O jornalista ALBERTO VILLAS nasceu em Belo Horizonte em 1950. Decidiu-se pela carreira ao vencer em 1970 o Concurso de Contos do Estado do Paraná.
Formado em Paris, onde viveu por seis anos, colaborou com
quase todos os jornais alternativos da época.
Em 1980 voltou para o Brasil, onde trabalhou em O Estado de S. Paulo (onde foi um dos criadores do Caderno 2), Rede Bandeirantes, SBT, (foi editor-chefe do Jornal do SBT na década de 90 – reprodução abaixo e também do TJ Internacional) e TV Manchete.
Na Rede Globo de Televisão, foi editor-chefe do Jornal da Globo e do Jornal Hoje, editor e depois chefe de redação do Fantástico, cargo que ocupava atualmente desde 2008.
Recentemente, foi o idealizar do quadro “O Cupido” do Fantástico.
Também é autor dos livros “Admirável Mundo Velho”, “Onde foi
parar nosso tempo”, “O Mundo Acabou”, “Afinal, o que viemos fazer em Paris?” e “Carmo”.
Após cerca de 15 anos, retorna ao SBT na sua mais importante
função na carreira: Diretor Nacional de Jornalismo.

REBELDE NÃO ESTRÉIA BEM...

Após  muita expectativa por parte dos fãs e uma campanha de divulgação na  própria emissora nunca vista na história da TV estreou nesta  segunda-feira na Rede Record a novela teen Rebelde. A  versão brasileira e adaptada da saga homônimo que virou febre mundial  após ser exibida a princípio no México e que tornou celebridades  mundiais os integrantes da banda RBD – que hoje nem existe mais.
Mesmo  com a promessa de que a novela seria de fato uma versão brasileira, ou  seja, apresentando conflitos tipicamente brasileiros e voltados para os  adolescentes tupiniquins, não foi isso que se viu na estreia. A mesma  história foi contada, cenas – e até tomadas de câmera – idênticas à  versão original, além da fotografia toda mexicana deram o tom do  primeiro capítulo.
Porém, este não é o verdadeiro problema. Neste primeiro momento, Rebelde foi tudo o que a produção, a autora, o elenco e a emissora prometeram  que não seria: rasa. Cenas exageradas e, mais grave ainda, extremamente  distantes do universo adolescente, encheram a tela durante todos os  minutos de exibição. Relação pai x filho e mãe x filha estereotipadas,  caricatas e diálogos tão clichês que beiravam o ridículo.
A  direção também pecou. Passagem de tempo de extremo mal gosto e efeitos  especiais que faria rir – por zombaria – uma criança de 04 anos foi o  que se viu. E mais grave do que isso tudo, foram os cortes de cena que,  em alguns momentos, davam a impressão que o elenco não estava  contracenando, antes, falavam sozinhos olhando para a câmera.  Constrangedor.
É  evidente que a novela pode, e deve, melhorar – até porque, é difícil  piorar o que foi apresentado até o momento – mas, muito mais que erros  técnicos, que certamente serão corrigidos, a trama de Rebelde não  empolgou, não chamou a atenção e não foi factível. Se a primeira  impressão é a que fica, pobre Record pobre Rebelde.