sábado, 15 de maio de 2010

Envolvida em desconfiança por parte da oposição, a TV Brasil continua a ser acusada de ser uma emissora de propaganda – apelidada, inclusive, de “TV Lula”, pelo PSDB e pelo DEM. As críticas também atentam para a baixa audiência do canal, que seria um “desperdício de dinheiro”.
Mas os defensores da TV Brasil justificam que, assim como o que ocorre com as emissoras públicas europeias, sua linha editorial é definida pelo Conselho Curador de quem a controla – no caso a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) – e sem interferências do governo vigente.
Um dos casos que deu mais lenha à oposição ocorreu em 2008. O então âncora do jornal Repórter Brasil, Luiz Lobo, afirmou, ao ser demitido, que o Planalto vinha interferindo no jornalístico da TV estatal quando este tratava da suposta montagem do dossiê da Casa Civil sobre os cartões corporativos. Na época, a EBC negou tudo e justificou que a demissão de Lobo fora estritamente profissional. Além disso, o Conselho Curador realizou uma investigação na qual afirmou não ter encontrado indícios de manipulação no jornal.
Mais recentemente, a EBC foi acusada de produzir vídeos com entrevistas de ministros para a Secretaria de Comunicação, elogiosas ao governo. Porém, a empresa alegou que estava apenas prestando serviço previsto na lei que a criou.
A Empresa Brasil de Comunicação foi criada em 2007 através da fusão entre a TV Educativa do Rio e do Maranhão com a Radiobrás. Além da TV Brasil, a EBC tem mais oito rádios, uma rádio-agência com programas online, uma agência de notícias (a Agência Brasil, que atua pela internet), outro canal televisivo – o NBR, com programação oficial –, e também cuida da publicidade legal do governo federal.

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