sexta-feira, 21 de maio de 2010

O programa Aconteceu, jornalístico da RedeTV desta quinta, teve detalhes a serem expostos.
Primeiro, fizeram uma chamada do programa durante o jornal da noite e nessa chamada falavam pra que o povo visse o programa que iria ao ar às 21:50. Acontece que essa chamada foi colocada no ar às 21:58. Essa imprecisão não pode acontecer numa TV profissional.
O programa entra no ar e lá está o apresentador Laerte Vieira, notável por sua voz marcante. Porém sua voz e entonação não são suficientes pra cobrir as falhas de direção de TV e edição. Cada assunto a ser apresentado deve ser feito cada um pra uma câmera diferente e não todos os assuntos ditos pra uma única câmera. Não tem cabimento ter tanta câmera no palco e as falas serem dirigidas a uma única câmera com todos os assuntos. Então, cada tema tem que ser mostrado pra uma câmera depois da outra, e não todos os temas pra uma única.
Vamos lá ao começo do programa. Faltou trilha sonora. Sem trilha sonora no fundo compondo o cenário e o noticiário, não tem emoção. A edição está totalmente equivocada. O programa é documentário denso e não um filme de cinema. Então não se pode picar o mesmo assunto em pedaços e intercalar com outros assuntos. Perde a dinâmica e a força do tema. Quem definiu a edição fez bobagem e das grandes, extinguindo a dinâmica do programa, que já é pouca.
O apresentador tem presença marcante e voz também marcante, num determinado tom. Eis que de repente aparece uma reportagem que tem narração em off feita pela mesma pessoa que fez a reportagem. A moça não tem voz pra narrar off de documentário deste porte, policial e forte. A voz dela é pra temas suaves. Ou se acha uma voz de mulher que tenha torque ou se deixa o Laerte fazer.
Outra coisa, o apresentador está mal vestido, com terno claro pra tratar de assuntos tão fortes. Seu terno deveria ser escuro, com camisa branca ou creme pra destacar presença física. E uma gravata o mais discreta possível. A voz dele já é muito chamativa, não precisa de gravata colorida pra tal.
Tem mais ainda. Numa televisão que se gaba de ter a maior tecnologia possível, não tem cabimento colocar um instrumento estranho na mão do apresentador pra que ele controle seu telepronter. O SBT, que gosta de economizar tanto , coloca um técnico pra controlar o telepronter em cada jornal. Aquele objeto estranho pra ficar na mão de cada apresentador que fica de pé dispersa a atenção do povo que não tem a menor ideia do que é aquilo. Ou seja, um programa jornalístico que não é tratado como tal e com edição estranha que dispersa a força do programa. O apresentador é bom, ainda se familiarizando, mas bem melhor do que no primeiro programa.
A RedeTV tem este problema. Muitas vezes aparecem ideias interessantes, mas quando vão realizar, acabam fazendo com primariedade ou até de forma equivocada.

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