quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O assassinato da TV Cultura foi premeditado

O tucanato paulista está prestes a consumar mais uma obra-prima da incompetência administrativa. O desmanche da TV Cultura está engatilhado e parece irreversível.
O comunicado oficial alega que a TV Cultura “perdeu audiência, qualidade e se tornou cara e ineficiente”. Ah, é? Perdeu quando? Nas mãos de quem?
Conseguir transformar um exemplo de TV pública em um amontoado de fracassos não é obra de um único governo. Demora anos. Eles foram perseverantes. Só não privatizaram aquilo para não dar muito na cara.
Não por acaso o governador Serra deixou na presidência da emissora um economista especializado em terra arrasada.
João Sayad não sabe a diferença entre Cocoricó e Vila Sézamo, mas aprendeu como poucos a tirar mesada de criança. E vai demitir, seja o Júlio ou o Garibaldo.
Por mais incrível que seja, a fase gloriosa da Cultura foi durante o governo Quércia. Há longínquos 20 anos, quando o presidente da Fundação Padre Anchieta era Roberto Muylaert. Então qualquer um pode.
Isso só aumenta a vergonha e desmascara o assassinato lento e premeditado que todos os sucessores perpetraram. Fleury, Covas, Alckmin, Serra. Pode botar todos no mesmo saco e jogar no Tietê que eles juraram despoluir.
Um país democrático precisa de uma boa TV pública. É uma necessidade. O Brasil tem tido governantes incapazes de promover isso. Porque eles gostam é de TV estatal. Chapa-branca.
O governo Lula também entra nessa chacina. A TV Brasil foi um sonho de alguns homens de bem enterrados vivos na vala comum do governismo. Nem chegou a nascer e já é velha.
Mas no caso da TV Cultura é diferente. Ela era boa, divertida, talentosa, inovadora. Útil. Foi deixada ao relento e morta por inanição. Por quem? Pelos que hoje dizem que vão salvá-la. Mentira.
  
                               

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