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Instabilidade financeira no Banco Panamericano põe SBT em risco

Os acontecimentos que vieram a público na tarde de ontem sobre o Banco Panamericano, que obrigaram o banco a tomar 2 bilhões e 500 milhões do Fundo Garantidor para poder fechar o caixa e no dia de hoje já ter nova direção indicada pelo governo, faz com que o mercado publicitário comente sobre o futuro do SBT.

O dinheiro colocado no Banco Panamericano tem como garantia de devolução a assinatura de Silvio Santos. Ou seja, os bens de Silvio, todos, estão dando garantia para o dinheiro que o Fundo colocou no Banco Panamericano na tarde de ontem para fechar o caixa. Se Silvio assinou garantia de cobertura do dinheiro, é porque não teve dinheiro em caixa para cobrir seu banco.

O mercado publicitário também comentou ontem, nos restaurantes e bares da cidade frequentados pela categoria, que aquela visita misteriosa de Silvio a Lula era, sim, um chamado de Lula imediato a Silvio para contar que os auditores do Banco Central estavam observando diferenças significativas dentro do banco de Silvio. E naquele momento Silvio teria sido alertado que o Banco Central tomaria providências para resolver o assunto na forma de mercado.

O Banco de Silvio tem participação da Caixa Econômica, então, a forma de mercado é a transferência de comando do pessoal indicado por Silvio para o pessoal indicado pala Caixa. A Caixa legalmente não pode quebrar, então o Banco de Silvio também não quebra, mas Silvio será cobrado por cada dinheiro que o Banco Central colocar lá dentro. Na prática, Silvio não manda mais no Banco enquanto não cobrir os 2 bilhões e 500 milhões que foram colocados lá dentro do banco pelo Banco Central.

Ele tem um prazo para cobrir o dinheiro. A melhor alternativa seria Silvio conseguir esse dinheiro sob empréstimo do BNDES para as suas empresas e então pagar ao BNDES a longo prazo, uns dez anos. A pior alternativa seria Silvio vender o SBT por 5 bilhões de reais, o dobro do que deve, e ainda sair com dinheiro disso tudo.