Um relatório do Banco Central apurou um rombo de R$ 1,4 bilhão no banco PanAmericano, do Grupo Silvio Santos. A instituição havia anunciado no mês passado que a fraude era de R$ 2,5 bilhões sem juros, junto ao fundo garantidor dos bancos. Nesta quinta-feira, a Polícia Federal confiscou documentos na casa de ex-executivos do PanAmericano.
Os agentes federais chegaram cedo para cumprir os mandados de busca e apreensão no apartamento do ex-diretor-superintendente do banco PanAmericano, Rafael Palladino, em um bairro nobre de São Paulo. Os policiais também entraram nas residências de outros sete ex-diretores da instituição financeira.
O Jornal da Band teve acesso a um relatório do Banco Central, que foi entregue à Polícia Federal. Nele, foi constatado, até agora, um rombo de R$ 1.404 bilhão no PanAmericano, que pertence ao Grupo Silvio Santos. Em novembro, o banco anunciou que o rombo seria de R$ 2,5 bilhões, uma diferença de mais R$ 1 bilhão.
O próprio Silvio Santos assumiu a responsabilidade e ofereceu os bens para conseguir um empréstimo no fundo garantidor de créditos. O empresário terá dez anos para pagar os R$ 2,5 bilhões, com correção monetária, sem juros.
Com os documentos apreendidos nas residências dos ex-diretores do banco, a Polícia Federal quer saber se houve maquiagem na contabilidade e estabelecer as responsabilidades pela fraude, que quase provocou a quebra do PanAmericano.
Os executivos são investigados por vários crimes, entre eles gestão fraudulenta, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Se forem condenados, podem pegar até 37 anos de prisão.
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