quarta-feira, 11 de maio de 2011

1° BEIJO GAY SERÁ EXIBIDO DAQUI A POUCO NO SBT

Luciana Vendramini e Gisele Tigre: quebrando tabus

O SBT colocará no ar na noite desta quarta-feira (11) algo que ninguém teve coragem de exibir até hoje: um beijo gay. A cena irá ao ar no último bloco da capítulo de “Amor & Revolução” e envolverá as personagens de Luciana Vendramini e Gisele Tigre. Pode ser apenas o começo de um relacionamento mais, digamos, quente entre as duas, já que está aberta a possibilidade de uma sequência de amor entre as duas, na cama – nada explícito, claro, antes que os mais afoitos se exaltem.

Há quem diga que o toque entre lábios do mesmo sexo já ocorreu na TV Tupi, em 1963, num teleteatro chamado “Calúnia”. A cena teria envolvido Geórgia Gomide e Vida Alves, mas não foi registrada e não existe hoje. Vida Alves, aliás, pode levar o título de grande beijoqueira da televisão nacional porque foi pioneira duas vezes: deu o primeiro beijo hetero e homossexual.

Nos últimos anos, uma parcela dos espectadores tem vivido com apreensão esse momento, esperando o dia em que o tão esperado beijo vá ao ar. Alguns atores da Globo bem que tentaram, mas deram com a cara na porta. Os primeiros casais homossexuais bem aceitos nas novelas surgiram no final dos ano 80 e começo dos 90. Em “Vale Tudo”, Cristina Prochaska perdia a companheira e chegava a disputar sua herança. Em “A Próxima Vítima”, André Gonçalves e Lui Mendes foram um par bem aceito pelo público, mas que apenas se abraçava enquanto outros personagens se beijavam na mesma cena. Já em “Torre de Babel”, a audiência ficou tão chocada de ver duas mulheres dividindo a mesma cama que a solução foi matar as personagens de Silvia Pfeiffer e Christiane Torloni – uma das atrizes voltou depois à trama.

Relembre alguns dos casais gays que não tiveram direito a um beijo nas novelas.

Clara (Paula Picarelli) e Rafaela (Alinne Moraes), de “Mulheres Apaixonadas”

As duas adolescentes começaram a novela como amigas, mas logo mostraram que tinha algo mais naquela relação. Chegaram a morar juntas, enfrentaram uma mãe preconceituosa e brigas no colégio, mas nem isso deu a elas o esperado beijo. O máximo que chegou a acontecer foi um selinho, numa peça de teatro, no último capítulo. Como estavam no palco – e uma delas estava fantasiada de Romeu (!) – não valeu.

Junior (Bruno Gagliasso) e Zeca (Erom Cordeiro), em “América”

O beijo entre o peão e o filho de fazendeira chegou a ser gravado, mas, horas antes de ir ao ar, foi vetado pela direção da Rede Globo. A decisão irritou aos atores, a autora Gloria Perez e aos 66 pontos de audiência que assistiram o último capítulo.

Jennifer (Bárbara Borges) e Eleonora (Mylla Christie), em “Senhora do Destino”

As personagens apareciam na cama, até se cumprimentavam com selinho, mas também sofreram com a censura. Gravaram uma cena de banho em dupla que não foi ao ar por ser considerada muito ousada. Pelo menos a barreira da cama foi quebrada. As duas já apareceram entre os lençóis. Mas beijo, nem pensar.

Hugo (Hugo Leão) e Fábio (Fábio Henriquez), em “Clandestinos”

Estes dois sequer formavam um casal. Eram apenas dois atores amigos que não viam há muito tempo e se cumprimentavam de maneira, digamos, efusiva. Foi mais um caso de sequência gravada, mas limada na hora da edição.

Thales e Julinho, em “Ti Ti Ti”

Toda a audiência de “Ti Ti Ti” torceu pelo final feliz dos moços, mas a direção entendeu que era muito mais “subversivo” mostrar dois homens falando “eu te amo” do que se beijando. Era fofo ver os dois, claro, mas faltou coragem.

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