quinta-feira, 21 de outubro de 2010


Todo ano é a mesma coisa, a Globo inicia, amparada pela UNICEF, a sua campanha para a ajuda de crianças carentes no país, desde 1986. Mas o ideal todo da campanha não me parece totalmente verdadeiro, jogada de marketing, talvez, algo pra chamar mais a atenção e não ir totalmente de acordo com aquilo que diz ser. Tanto que quando abaixa a poeira e acaba o “programa social” não se fala mais em criança nem ajuda. Não querendo por em dúvida a intenção da emissora, até porque para quem tem fome isso é o que menos importa. Apenas pairam algumas interrogações, que não serão pautadas aqui.
Mas com o “Teleton” é diferente.  Vejo o programa social do SBT como algo mais sério, com resultados mais nítidos, até mesmo porque a AACD é algo que já é falado há um bom tempo, ao contrário de intuições auxiliadas pelo Criança Esperança, que são instituições que ninguém conhece, não se tinha idéia da existência da mesma até então e cai no esquecimento logo depois. Outra coisa que admiro dentro do Teleton é que, as doações podem ser feitas o ano todo, isso faz com que ganhe pontos, não precisa ser um mega show para ir em prol de uma causa mais que nobre.
Em agosto desse ano, a dupla Zezé di Camargo e Luciano criticaram o “Criança Esperança”. Afirmaram os cantores: "Sabemos de outros artistas que recusaram porque não concordaram com o formato. No ano passado já participamos, meio a contragosto. Acho complicado o artista ser tolhido no seu direito de cantar a música que quiser, que é a que o povo que tá assistindo conhece. Ano passado fizemos uma música que não tinha nada a ver com a gente, aí tivemos que ensaiar, e a gente tinha nossa agenda, tivemos que encaixar o Criança Esperança no meio. Neste ano, achamos melhor ficar com nossos compromissos", afirmou Zezé. Luciano disse que respeita a decisão da Globo de fazer um formato diferente, em forma de musical. "Mas acho que eles vão perder audiência, acho que deveriam continuar com uma coisa mais popular", ressaltou.
No mesmo mês desse ano, a Rede Globo e a UNESCO, organização das nações unidas, negaram boatos envolvendo corrupção no projeto. De acordo com a entidade, as doações são depositadas diretamente em conta. A agência explica, ainda, o motivo pelo qual os valores doados não podem ser deduzidos do Imposto de Renda e descarta a hipótese de a TV Globo receber benefícios fiscais com a campanha. "Por se tratar de uma agência das Nações Unidas, as doações para a Unesco não são dedutíveis do Imposto de Renda, que veta a supressão de contribuições feitas a organismos internacionais. Dessa forma, é inverídica a suposição de que a Rede Globo obtém benefícios fiscais com o 'Criança Esperança'",
Bem, nessa briga pela solidariedade quem ganha é quem mais necessita. O SBT recebe apoio das maiores marcas do Brasil e do mundo. Recebe ainda amparo de todas as emissoras televisivas do país, menos da Rede Record, que não sede artistas da casa. Críticas a isso não cabem aqui, agora. Mas em outra ocasião, certamente mereceriam destaque.
O importante é ressaltar que o show que o SBT dá nas outras emissoras, até pelo valor arrecadado ser maior que qualquer projeto social desse país, é digno de palmas. Silvio Santos mostra, todo ano, como fazer, e fazer bonito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

COMENTEM EM NOSSO BLOG, NOS AJUDE DANDO SUA OPINIÃO...